terça-feira, abril 22, 2008

[7]

Sento-me na cama. Ouço uma música ao acaso. Lágrimas caem em cascata. Porquê? Porque é que uma filha única, com comida e abrigo, educação, pais e amigos, havia de chorar?

Talvez porque a menina é apenas uma jovem de 18 anos, lésbica, cheia de medos e dúvidas.

Atenção, o facto de focar o facto de ser lésbica, não é para andar constantemente em ‘coming out’, mas para mostrar á nossa sociedade, que ser lésbica é muito mais do que ir para a cama com mulheres.

Ser gay, é ser apontado na rua, discriminado, posto de parte; é perder supostos amigos por não aceitarem as nossas diferenças; é lutar contra si mesmo, por desejar algo que a sociedade não aprova; é sentir-se sozinho, abandonado, incompreendido; é isolar-se de tudo e de todos, por ninguém se preocupar com um grupo de pessoas ‘anormais’; é ser considerado uma doença, contagiosa; é ser negado o direito ao casamento, algo que imensos heterossexuais não dão valor; é ser dificultado/negado, o processo de adopção, porque as crianças iriam ser gay também (aparte: todos os gays que conheço, vêem de famílias heterossexuais, explicam isso como?); é olhar para todo o lado e ver casais considerados ‘normais’, a abraçarem-se, beijarem-se, andarem de mãos dadas, e ter de esconder o que se sente, porque a sociedade acha errado e não está preparada para tal; é sermos agredidos, mortos, por AMAR! Desde quando é que amar passou a ser um crime punível com a própria vida?

Isto tudo para dizer que ser gay, é amar outro ser humano. Homem, mulher, que diferença faz?

Quando deitam a cabeça na almofada, pensam se o vizinho está a dormir com uma mulher, com um homem? Preocupam-se com a vida dele? Não? Então porque se preocuparem com as nossas? Somos seres humanos, que só queremos ser respeitados e aceites pura e simplesmente por sermos como somos.

Vejamos as coisas de outra perspectiva: imaginem a situação invertida, um mundo gay, onde ser heterossexual era pecado, era errado, a imagem correcta eram duas mulheres, dois homens; uma mulher e um homem juntos, eram vistos como uma autêntica aberração. Não podiam expressar o que sentiam, porque a sociedade achava errado. Não podiam casar (pelo menos não no vosso país, e se quisessem ir casar a outro, quando voltassem o casamento não era reconhecido aqui, logo era a mesma coisa que continuassem solteiros), porque a sociedade achava errado. As mulheres, todas elas eram inférteis e era necessário recorrer á adopção. Mas esperem .. isso também era-vos negado, porque a sociedade não achava correcto! Gostam de ver as coisas dessa maneira? Pois, acredito que não. Então não nos façam o mesmo. Só queremos ser felizes e ter os mesmos direitos que vocês. Amar e sermos amados, isso não deveria ser mais do que suficiente?

Pois devia, mas parece que não é…

sábado, abril 19, 2008

[6]

Esta tarde estava eu a fazer zapping, quando me deparei com o programa da Tyra Banks, (a ser transmitido na SicMulher) na altura em que um psicoterapeuta dizia a uma mulher (que já tinha traído o marido várias vezes), que ela tinha de "deixar de pensar com o orgão que tem entre as pernas e passar a utilizar o que tem entre as orelhas". O público chocou-se. A mulher também. Tomando consciência da acusação, encheu-se de lágrimas, pediu desculpas ao marido e prometeu nunca mais voltar a fazê-lo.

Hmm, se eu pedisse ao homenzinho para vir aqui dizer isso a um conjunto de pessoas que conheço, será que as atitudes delas mudavam também?

Fica a dúvida..

segunda-feira, abril 07, 2008

Primeira entrevista a Thomas, "o homem grávido"

Foi feita por uma das minhas apresentadoras preferidas: Oprah.











Adorei uma frase dele:
Loves makes a family.

Gostei da maneira como a Oprah, lidou com a situação. Perguntou o que muita gente questiona e ele respondeu da forma mais simples e sincera. Simplesmente, adorei.

P.s. A terceira parte, é uma das minhas favoritas =$